Segundo dados do Panorama de Resíduos Sólidos, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e divulgado em novembro de 2019; no Brasil, em 2018, foram geradas 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, um aumento de pouco menos de 1% em relação ao ano anterior.
Desse montante, 92% (72,7 milhões) foram coletados – uma alta de 1,66% em comparação a 2017, o que mostra que a coleta aumentou num ritmo um pouco maior que a geração. Apesar disso, 6,3 milhões de toneladas de resíduos ficaram sem ser recolhidos nas cidades.
Comparando com os países da América Latina, o Brasil é o campeão de geração de lixo, representando 40% do total gerado na região (541 mil toneladas/dia, segundo a ONU Meio Ambiente).
A tendência de crescimento da geração de resíduos sólidos urbanos no país deve ser mantida nos próximos anos. Estimativas realizadas com base na série histórica mostra que o Brasil alcançará uma geração anual de 100 milhões de toneladas por volta de 2030.
O mercado de resíduos industriais é um negócio novo e com ótimo potencial de crescimento. Segundo o IBGE, mais de 70% (setenta por cento) dos resíduos gerados no Brasil ainda são destinados a lixões ou similares, sem qualquer tipo de tratamento. O IPEA afirma que o Brasil recicla apenas 3% desses resíduos. Por causa desse baixo índice de reciclagem, estima-se um prejuízo de cerca de R$ 8 bilhões por ano.
Com a Lei nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), os fabricantes passaram a ser responsáveis pelo destino correto de todos os materiais que produzem em todo o ciclo de vida dos materiais utilizados e produzidos.
Dessa forma, além de observar os resíduos gerados durante o processo de produção, as empresas precisam atentar para a correta destinação dos resíduos depois que seus produtos são utilizados pelo consumidor. Fica estabelecida, assim, a prática de logística reversa.
